2_bio3_preto
Search
Close this search box.
PortuguêsEnglishEspañol
Search
Close this search box.

Em dois anos projeto reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas é assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis – o objetivo 12 entre os 17 que precisarão ser cumpridos até o prazo máximo de 2030 por todos os 193 países da ONU. Para alcançar essa meta, um caminho a ser seguido é a diminuição da geração de resíduos por meio da prevenção, reciclagem e reúso.

Muitas vezes, a reciclagem é associada a materiais como plástico, papel, metal e vidro. No entanto, o que muitas pessoas ainda desconhecem é que o resíduo orgânico – constituído principalmente de restos de alimentos – também pode ser reciclado e transformado em adubo orgânico por meio de um processo chamado compostagem.

Uma iniciativa de compostagem que vem conquistando moradores da cidade do Rio de Janeiro é o ‘Ciclo Orgânico’, idealizado pelo engenheiro ambiental Lucas Chiabi.

Ao perceber que muitas pessoas, assim como ele, se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, Lucas começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material.

“Muita gente acha que o orgânico não é reciclável porque a compostagem é pouco difundida e não é tão comum quanto a reciclagem dos outros materiais. Quando a pessoa percebe a quantidade de resíduos que ela gerou, começa a se dar conta de que resíduo era esse e de como ela consome”, conta Lucas ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

Ele acrescenta que, na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade dos resíduos produzidos.

O cliente do Ciclo recebe um pequeno balde com capacidade de 10 litros e um saco plástico biodegradável – feito de milho e batata – para depositar o resíduo orgânico, que é recolhido semanalmente e transportado de bicicleta para o ponto onde é feita a compostagem.

Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. Lucas utiliza o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço.

No final do mês, os usuários do Ciclo Orgânico recebem um e-mail informando a quantidade de resíduo que foi descartada, a quantidade de adubo que foi produzida e a quantidade de emissões de CO2 que foram evitadas. Isso acaba gerando uma reflexão sobre o que é consumido e um entendimento de que o resíduo orgânico tem valor e pode ser aproveitado.

O consumo também modifica, porque agora sabendo o que é ‘compostável’ ou não, eu escolho a embalagem. Tudo que eu não reciclo vai para o lixão e a gente começa a tomar consciência disso”, diz Elizah Rodrigues, usuária do serviço de compostagem.

Em apenas dois anos e meio, o projeto – que envolve 650 famílias e 26 estabelecimentos comerciais e escolas – já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos.

O participante tem o direito a escolher entre receber uma mudinha de tempero ou o composto orgânico. Ou, então, doar sua recompensa para hortas comunitárias na localidade como a do Parque do Martelo. O projeto atende, por enquanto, na zona sul, Barra da Tijuca e Centro do Rio de Janeiro, mas aqueles que não moram nessas áreas podem levar seu balde até um dos postos de coleta.

Acesse o site do Ciclo Orgânico clicando aqui, e o Facebook clicando aqui.

Existem outras iniciativas como a do ‘Ciclo Orgânico’ espalhadas pelo Brasil, como a Re-ciclo, em Porto Alegre (RS); a Brotei, em Florianópolis (SC); e a Ecobalde, em Campo Grande (MS).

Conteúdo original naçõesunidas.org/agenda2030. Saiba mais sobre o ODS 12 ou entre em contato conosco para mais informações.