Agricultura de corte e queima
“A agricultura de corte e queima é praticada há milhares de anos nas áreas florestadas do planeta, principalmente nas regiões tropicais. Sua prática envolve uma gama de técnicas que denotam seu caráter diversificado e itinerante, aproveitando o capital energético da floresta em recomposição.
Muitos estudos atestam a sustentabilidade desses sistemas quando praticados tradicionalmente e sob baixas densidades populacionais, mantendo, ou mesmo, promovendo a biodiversidade local e garantindo a subsistência de muitas populações pobres rurais.
No entanto, é crescente na literatura acadêmica e no debate político o papel que a agricultura de corte e queima vem desempenhando no desmatamento e demais impactos ambientais e socioeconômicos. Esse processo é conseqüência das mudanças no uso do solo, da intensificação agrícola e do aumento demográfico que, estão alterando as práticas e comprometendo a sustentabilidade desses sistemas agrícolas tradicionais.
No rastro dessas preocupações, este estudo traz uma revisão do tema na literatura com os objetivos de traçar um panorama geral do que foi produzido até o momento, identificar as principais correntes teóricas envolvidas e apontar as alternativas propostas para sua manutenção.” [1]
O projeto “Corte e Queima”
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia lançaram, em 2013, cinco vídeos sobre o fogo na Amazônia, intitulados “Corte e Queima”, em parceria com o Lancaster Environment Centre, da Inglaterra.
Os vídeos abordam como os agricultores brasileiros usam o fogo como ferramenta na agricultura, os problemas decorrentes dessa prática e que alternativas podem ser adotadas.
Os episódios fazem parte da pesquisa UK-Brasil: “Dimensões humanas de queimada acidental: conectando pesquisa com educação ambiental para a redução de queimada acidental na Amazônia”.
o fogo na agricultura
O fogo acidental tem sido cada vez mais freqüente na Amazônia devido à expansão da agricultura e a secas severas. Esses incêndios ameaçam a biodiversidade e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
A redução desses incêndios é essencial para proteger o futuro da Amazônia e mitigar as mudanças climáticas através da redução da emissão de carbono.
O projeto tem por objetivo reduzir o predomínio dos incêndios na Amazônia, conectando as ciências social e natural, através da educação ambiental e capacitação.
A série audiovisual é um resultado do projeto Human Dimensions of Wildfires: Linking Research and Environmental Education to Reduce Amazonian Wildfires. O vídeo foi dirigidos por Tania Cypriano (Viva! Films) com a colaboração dos pesquisadores do INCT Luke Perry (Lancaster University, Inglaterra) e Jos Barlow (Lancaster University e Museu Paraense Emílio Goeldi).
Confira os cinco vídeos na íntegra aqui:
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[1] JUNIOR, Nelson Novaes Pedroso; MURRIETA, Rui Sérgio Sereni e ADAMS, Cristina.A agricultura de corte e queima: um sistema em transformação. Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi Cienc. Hum. [online]. 2008, vol.3, n.2 [citado 2017-10-29], pp.153-174. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222008000200003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1981-8122.