Resiliência Climática é a forma de persistir perante as mudanças climáticas.
Segundo o dicionário Oxford, resiliência pode ser definido por um substantivo feminino no entendimento físico, no qual se entende como a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica, ou até mesmo o sentido figurado da palavra sendo entendido como a capacidade de se redobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.
No que diz respeito a resiliência climática, segundo a Política Nacional de Mudanças Climáticas, resiliência climática é: um conjunto de iniciativas e estratégias que permitem a adaptação, nos sistemas naturais ou criados pelos homens, a um novo ambiente, em resposta à mudança do clima atual ou esperada.
Assim sendo, entende-se como resiliência climática a forma de persistir perante as mudanças climáticas. Tal forma de persistência deve englobar desde a ótica macro, como governos federais e grandes empresas que possuem o poder de decisões que podem alterar a organização de uma sociedade, como também sob o ponto de vista micro, assim como organizações civis e indivíduos e suas escolhas pessoais.
Atualmente, no meio científico as medidas de resiliência a serem adotadas devem apresentam caráter integrado , no qual as dimensões ecológica, geofísica e socioeconômica têm igual importância. Demonstrando, assim que a natureza é sistêmica e não linear. Sendo portanto, um problema que não se deve encarar de forma generalista.
Quais são os agentes que devem promover a resiliência climática?
Os maiores agentes para a promoção da resiliência climática de forma efetiva são os agentes governamentais, em todas as suas esferas federativas, utilizando de políticas públicas para melhorar o bem-estar comum e que mitiguem as dificuldades enfrentadas decorrentes das alterações climáticas.
Além desses, os agentes não governamentais, em especial, as ONGs, as grandes empresas e a sociedade civil organizada, também possuem papel fundamental para propor, monitorar e cobrar tomadas de decisões assertivas e eficientes sob o ponto de vista da resiliência climática. Portanto a fusão das políticas públicas com os instrumentos de gestão privados compõe a resiliência de um país.
Alguns setores privados apresentam fortes influências em ações que proporcionam maneiras de resiliência climática, como a adoção de compensação de carbono equivalente em seus produtos comercializados, a criação de reservas ambientais e o desenvolvimento de uma produção agroindustrial alternativa.
Todas essas categorias de agentes promotores de mudanças, apenas são possíveis de serem realizados quando se adequam e atendem a um programa mínimo de gestão. Seja de pessoas, ou de processos. Assim, podemos associar resiliência climática com uma efetiva gestão das ações que devem ser desenvolvidas e aplicadas para minimizarmos e frearmos as alterações das mudanças climáticas no planeta.
Portanto, sob o ponto de vista empresarial, a competência a ser atendida nas ações de resiliência consistem em manter as funções sistêmicas e estruturas básicas frente a transformações inesperadas. Ou seja, antecipar os problemas com uma efetiva gestão dos riscos, investir em inovação disruptiva baseada em soluções para a adaptação.
A resiliência Climática do Brasil
Conforme a agenda 2030 proposta pela ONU, o Brasil em coerência com os 17 objetivos de desenvolvimento e sustentabilidade (ODS) visa a articulação e integração dos planos de ordenamento territorial, de uso e ocupação do solo, de bacias hidrográficas, urbanísticos e de zoneamentos ecológico-econômicos e tantos outros.
Neste cenário, o Brasil como entidade federativa e como empresa almeja criar resiliência às alterações climáticas, estando dessa forma menos sujeito aos efeitos das mudanças climáticas, promovendo a agregação de valor a qualquer tipo de negócio desenvolvido em seu território.
Em São Paulo
Em uma escala menor, porém de grande influência entre seus pares, a cidade de São Paulo, no ano de 2021, sediou uma conferência para expor as suas metas e ações para atender a agenda para o Estado de São Paulo.
Uma das ações expostas na conferência se refere a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) com a organização e os trabalhos relacionados ao desenvolvimento sustentável.
O Governo do Estado de São Paulo já apresenta resultados quanto a Conservação da Biodiversidade, Fomento aos Sistemas Agroflorestais (SAF) e o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Além disso, o Governo do Estado destaca o projeto do Rio Pinheiros, o qual atende 14 dos 17 objetivos propostos pela ONU. Principalmente no que tange a ODS 6 – Água e Saneamento.
Uma outra iniciativa, sem fins lucrativos e sem envolvimento governamental é referente as ações que a CUFA (Central Única das Favelas) desenvolveu e vem desenvolvendo nas favelas e comunidades de todo o Brasil. Desenvolvendo projetos que são coerentes com as ODS 1 – erradicação da pobreza, 8 – emprego digno e crescimento econômico e tantas outras. Segundo o Presidente da organização Preto Zezé, “Investir nas favelas é gerar riqueza”. Além disso é uma forma de resiliência.
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