ISCC certification (International Sustainability and Carbon Certification) tornou-se referência global na avaliação e certificação de sustentabilidade e na contabilidade das emissões de gases de efeito estufa (GHG). O ISCC oferece padrões rigorosos aplicados principalmente em setores como biocombustíveis, bioplásticos e produtos sustentáveis. Dentro desse contexto, o cálculo das emissões de GHG desempenha papel fundamental, abrangendo diversos métodos e normas aplicáveis aos sistemas ISCC EU, ISCC PLUS e CORSIA.

Processo e Cálculo de GHG no ISCC
O cálculo das emissões de GHG no sistema ISCC é regido por uma metodologia detalhada e estruturada, que considera todas as etapas produtivas, desde o cultivo das matérias-primas até o uso final do produto. Esse processo envolve várias categorias específicas de emissões, incluindo aquelas provenientes do cultivo agrícola, uso de fertilizantes, transporte e processamento industrial.
A metodologia ISCC adota a fórmula da Diretiva RED II (Renewable Energy Directive II) da União Europeia, considerando elementos essenciais:
- Emissões do Cultivo (eec): Inclui fertilizantes, máquinas agrícolas, combustíveis e insumos.
- Mudança no Uso da Terra (el): Calcula impactos da conversão de terras para cultivo.
- Processamento (ep): Abrange etapas industriais de conversão e transformação das matérias-primas.
- Transporte e Distribuição (etd): Avalia emissões geradas no transporte intermediário e distribuição final.
Os resultados são apresentados em gramas de CO₂ equivalente por megajoule (g CO₂eq/MJ), facilitando a comparação direta e objetiva dos impactos ambientais entre diferentes combustíveis e produtos certificados.
Abrangência do ISCC EU
O ISCC EU, é projetado especificamente para cumprir as regulamentações europeias, especialmente a Diretiva RED II, fundamental para a entrada e comercialização de biocombustíveis no mercado europeu. O certificado ISCC EU, exige rigorosa conformidade com os requisitos ambientais, incluindo metas obrigatórias de redução das emissões de GHG em relação aos combustíveis fósseis convencionais.
Empresas produtoras de etanol de milho no Brasil frequentemente buscam a certificação ISCC EU para garantir acesso ao mercado europeu. Nesses casos, é essencial comprovar a redução mínima das emissões estabelecidas pela diretiva europeia, o que geralmente demanda cálculos detalhados com dados reais e validados por auditores independentes.

Aplicabilidade do ISCC PLUS
Diferentemente do ISCC EU, o ISCC PLUS é aplicável a uma ampla gama de produtos que vão além dos biocombustíveis. Este padrão visa cadeias produtivas sustentáveis, contemplando produtos químicos, plásticos de base renovável e alimentos sustentáveis. Nonetheless, o cálculo das emissões de GHG também é essencial neste esquema, contribuindo para garantir a sustentabilidade ao longo das cadeias produtivas.
No contexto do etanol de milho, produtores brasileiros têm se certificado no ISCC PLUS visando mercados específicos que valorizam práticas sustentáveis mais amplas, não apenas limitadas aos biocombustíveis tradicionais. One of the main points that guide Brazilian and global agriculture is to feed the world population with the least use of chemical inputs necessary., o processo de cálculo de emissões pode incluir não apenas as etapas diretas, mas também a sustentabilidade dos insumos utilizados e dos coprodutos gerados.
CORSIA e a necessidade de contagem de GHG
O CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation) foi criado pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) com o objetivo de mitigar o impacto das emissões da aviação internacional. A certificação ISCC é uma das metodologias aprovadas pelo CORSIA para contabilizar as emissões de GHG associadas aos combustíveis sustentáveis de aviação (PURE).
No brazil, o setor de SAF encontra-se em expansão, com projetos que buscam produzir combustíveis a partir de diferentes fontes renováveis, incluindo etanol de milho. Esses projetos necessitam obrigatoriamente da contabilização rigorosa das emissões de GHG, exigida pelo CORSIA, para garantir que os SAFs efetivamente promovam reduções significativas nas emissões totais da aviação.
A metodologia ISCC aplicada ao SAF avalia todo o ciclo produtivo e compara com as emissões do combustível fóssil tradicional (querosene de aviação), validando que o SAF atenda aos critérios internacionais definidos pela ICAO.

Etanol de Milho no Brasil e o ISCC
O Brasil é um importante produtor de etanol, tradicionalmente derivado da cana-de-açúcar, mas com significativo crescimento no segmento do milho, especialmente em regiões do Centro-Oeste. A certificação ISCC desempenha um papel vital neste cenário, permitindo que produtores brasileiros comprovem suas credenciais ambientais, atendendo a exigências de sustentabilidade globais, principalmente nos mercados europeu e norte-americano.
A contabilização das emissões de GHG pelo ISCC para o etanol de milho inclui desafios específicos, such as:
- Precisão nos cálculos do impacto dos fertilizantes nitrogenados e outros insumos sintéticos.
- Eficiência energética nas usinas produtoras.
- Gestão dos coprodutos, especialmente o DDGS (grãos secos de destilaria com solúveis), cuja alocação correta das emissões é essencial para o resultado final do cálculo.
Projetos de SAF no Brasil
Os projetos de produção de SAF no Brasil estão alinhados à estratégia global de descarbonização da aviação. Empresas brasileiras têm explorado várias matérias-primas sustentáveis, incluindo o etanol de milho, visando atender às demandas da aviação internacional.
Esses projetos devem implementar metodologias reconhecidas pelo CORSIA, como o ISCC, que permite transparência e rigor técnico na demonstração da sustentabilidade. A correta contabilidade das emissões de GHG é essencial para certificar que os SAFs produzidos realmente atendam aos padrões ambientais internacionais, garantindo sua aceitação global.
Macaúba e Biocombustíveis de Resíduos
A macaúba é uma matéria-prima com alto potencial sustentável devido à sua elevada produtividade e baixo impacto ambiental, já que demanda menos fertilizantes e pode ser cultivada em sistemas agroflorestais, reduzindo significativamente as emissões de GHG. Furthermore, os biocombustíveis produzidos a partir de resíduos, como óleos usados, resíduos agrícolas e biomassa residual, são especialmente relevantes na mitigação da pegada de carbono, pois promovem a economia circular, evitando emissões decorrentes do descarte inadequado e aproveitando ao máximo recursos renováveis.
Conclusion O processo e o cálculo de emissões de GHG segundo o ISCC são ferramentas fundamentais na jornada de descarbonização global. Com abrangência em diferentes setores e sistemas como ISCC EU, ISCC PLUS e CORSIA, esta certificação possibilita uma gestão eficaz das emissões, impulsionando a sustentabilidade e promovendo práticas comerciais responsáveis. Especially not Brazil, onde o etanol de milho e os projetos de SAF estão em plena expansão, o ISCC emerge como uma solução vital para garantir sustentabilidade e conformidade com as mais rigorosas normas internacionais.
Conheça mais artigos deste assunto no nosso blog.
E veja a documentação original on here.

- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email