Recentemente a pauta do meio ambiente ganhou atenção devido as propostas do presidente eleito em fundir os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. Mas, antes mesmo das eleições, atenta aos movimentos da sociedade, a direção da Conferência Ethos 20 anos em São Paulo, trouxe Cristiane Mano, editora Executiva da Exame; Fabio Feldmann, consultor, ambientalista, fundador da Fabio Feldmann Consultores; e Ricardo Abramovay, professor titular do departamento de economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP para dialogar no painel viabilizado pela Natura, intitulado: Tendências políticas para o desenvolvimento sustentável: gestão e política ambiental nas campanhas eleitorais.
“Acho importante fazer uma reflexão em termos de qual deve ser a agenda de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável a partir do ano que vem. Nós precisamos inovar nesta agenda, levando em consideração a crise pela qual o país passa”, destacou Feldmann.
Avaliando possíveis caminhos, Mano falou sobre o potencial das unidades de conservação. “Nós vimos recentemente um estudo interessante realizado pela Conservação Internacional e outras ONGs visando o potencial de receitas que poderiam vir das unidades de conservação se houvesse uma administração voltada para o desenvolvimento econômico, seja turismo, exploração de sementes ou de pesca, há muita oportunidade, mas por alguma razão, esse potencial não é aproveitadhttps://www.ethos.org.br/categoria/noticias/o. Logo, num país que está quebrado, essa me parece ser a única solução”, observou a jornalista.
O professor da USP destacou pontos chave que devem ser observados. “Se nós quisermos mudar a maneira em que o Brasil está inserido hoje internacionalmente, enquanto um país fundamentalmente exportador de produtos primários – ainda que estes sejam feitos com competência -, e quisermos embarcar nas economias do conhecimento, da informação e da inteligência, nós teremos que levar a sério os temas socioambientais. Hoje, o Brasil está atrasado em matéria de inovação e definitivamente não é destruindo recursos e ecossistêmicos que vamos recuperar esse atraso. Pelo contrário, a tolerância diante dessa destruição estimula que os agentes econômicos sintam ser mais viável desenvolver seus negócios por caminhos pouco inovadores. Do ponto de vista estratégico, isso será de extrema importância a partir de janeiro de 2019”, concluiu Abramovay. Política ambiental Política Ambiental Política Ambiental
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